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quarta-feira, 23 de maio de 2012

Tutores de programa de EAD do MEC reclamam de bolsa de R$ 765 e de falta de vínculo empregatício
Camila Rodrigues*
Do UOL, em São Paulo
Tutores da UAB (Universidade Aberta do Brasil), programa do governo federal para a oferta de EAD (Ensino a Distância), queixam-se da ausência de vínculos empregatícios, da falta de perspectivas profissionais da função e do valor das bolsas.
Em geral pós-graduandos, estes instrutores ganham R$ 765 por 20 horas de trabalho semanal. De acordo com a Capes (Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior), há cerca de 13 mil tutores em atuação atualmente.
Entre suas atividades estão estimular os estudantes dos cursos, tirar dúvidas e facilitar a relação com o professor. “O turnover [a rotatividade] é muito grande, o que dificulta o treinamento e recrutamento de profissionais. Isso acarreta prejuízo financeiro e pedagógico, já que o tutor abandona a função diante de qualquer oportunidade melhor que apareça”, analisa Luís Gomes, presidente da Anated (Associação Nacional dos Tutores de Educação a Distância).
 
Um tutor que não quis se identificar afirma que a falta de uma carreira para a função tem impacto negativo na imagem da UAB. “Os cursos a distância, dentro da universidade, sofrem o mesmo preconceito que encaram fora. Alguns estudantes querem logo receber o diploma, muitos professores e muitos tutores tratam o trabalho como um bico e, no fim, o curso é visto como inferior ao presencial”.
 
Direitos trabalhistas
Para Daltro Maurer, tutor presencial do curso de ciências contábeis da UFSC (Universidade Federal de Santa Catarina) no pólo de Seberi (RS), um dos problemas é a falta de direitos trabalhistas, como carteira assinada, férias remuneradas e 13º salário. “E o tempo que trabalhamos aqui não está computando como tempo de serviço para aposentadoria”, acrescenta.
Outra reclamação foram adiamentos de pagamento. “Já tivemos atraso de mais de 80 dias na bolsa. Nessa época, alguns tutores fizeram protesto e ameaçaram uma paralisação, mas foram repreendidos. Houve casos de tutores que chegaram a ser dispensados por conta disso”, lembra outro tutor a distância do curso de Administração da UFSC.
Além disso, alguns dos bolsistas relatam que o exercício da tutoria, em parte das instituições, não é contabilizado para fins de comprovação de experiência em processos seletivos de cursos presenciais. Foi o que aconteceu com Erica Marques, 46, tutora a distância do curso de gestão ambiental do IF-PE (Instituto Federal de Pernambuco). “Fui concorrer a uma vaga dentro do próprio IF-PE, e a minha experiência como tutora não valeu de nada em um processo seletivo do ensino tradicional. Não contou nenhum ponto”.
Outro lado
O diretor de Educação a Distância da Capes, João Carlos Teatini, em entrevista ao UOL no último mês, informou que o problema já está em debate no Executivo federal.  “Estamos fazendo uma discussão com as universidades sobre a institucionalização da figura do tutor. Uma possível solução seria criar, dentro da carreira docente das federais, a de tutor EAD”, explica.
O gestor reconhece que, hoje, o tutor é um profissional transitório, o que enseja preocupação. “Estamos enfrentando os problemas e discutindo com a Andifes [Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior] e a Abruem [Associação Brasileira dos Reitores das Universidades Estaduais e Municipais] para dar uma solução.” Teatini também informou que há um grupo de trabalho para revisar o valor e os objetivos das bolsas oferecidas pelo órgão.
Em Pernambuco, também não é diferente, a UFRPE esta com bolsa em atraso tanto de tutores Virtuais como de tutores presenciais. Os tutores estão dispostos atrabalhares mais sem a remuneração não dá, como pode ter um bom rendimento, como pode exigir desses profissionais.  aí esta o ponto da questão

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